Oito anos depois, legado da Copa de 2014 no Brasil nos arredores dos estádios é ambíguo

Assim como em 2018, quando foi realizada a Copa do Mundo da Rússia, o g1 voltou às cidades-sede da Copa de 2014 para saber como está o entorno dos estádios que receberam partidas do torneio mundial da Fifa no Brasil, há oito anos. A herança deixada pelos estádios – tanto daqueles construídos especialmente para o evento quanto aqueles reformados para receber partidas da Copa – é ambígua: melhorias pontuais na infraestrutura se contrapõem a aumento na insegurança ou encarecimento de aluguéis, por exemplo.

Em lugares como Salvador , São Paulo e Belo Horizonte, os estádios da Copa são também a casa de times das principais divisões do futebol brasileiro, o que garante que o movimento em seu entorno permaneça. Já em Manaus, a arena construída para a Copa do Mundo se converteu em local de shows e outros eventos não esportivos. A melhora na infraestrutura é um dos legados da Copa na região dos estádios – em Curitiba e Porto Alegre, por exemplo, a revitalização do entorno dos estádios trouxe novas opções de lazer à população da cidade.

Em São Paulo, por outro lado, a melhoria nas condições dos bairros próximos ao estádio provocaram aumento nos preços dos aluguéis e dos imóveis, trazendo novos desafios para os moradores da região. A construção ou reforma nos estádios, no entanto, não resolveu velhos problemas enfrentados pelas cidades: é o caso do Rio de Janeiro, em que o entorno do Maracanã, palco de jogos da Copa, é marcado por roubos e pela presença de pessoas em situação de rua. Em Fortaleza e em Natal, falhas na pavimentação e no saneamento básico permanecem sem solução.

Quer saber mais? Veja a situação em cada uma das 12 cidades-sede.

Fontes: G1 e Pixabay